domingo, 25 de setembro de 2011

Silêncio Mudo


Mudo, é o silêncio das palavras
Que se fazem ouvir
Pelos ouvidos surdos
Da tua voz.

O silêncio não é mudo.
O silêncio só é mudo
Quando tento encontrar
As palavras certas
Para dizer o que sinto.

É mudo, fica mudo;
Quando tento arranjar
A coragem necessária
Para responder o que queria.

Mas, o silêncio não é mudo.
Mudos são os que tentam falar pelo silêncio.
Mudos são os que calam.
Mudos são os que não conseguem escutar as palavras
Que o silêncio diz.

Por mais palavras que tente arranjar
O meu silêncio será sempre mudo,
Pois não me consigo largar desta cobardia,
Não me consigo largar da ideia que os olhos alheios
Ouvem o que não consigo dizer.


Mas, as únicas coisas que preciso dizer
Nunca serão ditas,
Pois quem quer realmente saber
Ouve o meu silêncio.



                                                                                                                                       Tiago Mindrico
                                                                                                                                                25/09/11




quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu


“Não sei quem sou, que alma tenho. Quando falo com sinceridade, não sei com que sinceridade falo.”


Não sei quem sou, e se alma tenho;
Se alguma vez me a deram, ou se não a tenho.
Quando escrevo para sentir.
Com o que sinto eu agora?
Se esta não é alma que tenho, aquela pela qual sou por fora.
Sou um eu, que miseravelmente eu não serei.
Da conquista à derrota, eu.
Mas serei sempre eu, ao qual os outros verão que serei eu, mas que não saberão que eu sou,
O que ninguém sabem quem é.
Pura e simples contradição do meu ser.
Haverá alguém mais corajoso que eu, que me consiga dizer quem realmente sou ?
Se  houver de certeza que eu não sou, pois, os meus olhos não vêm o que os outros vêm quando olho para mim.
Sou simplesmente eu.

Tiago Mindrico