Não amanhã!
Quero gelo para
comer,
Quero gasóleo
para beber,
Quero pregos para
pisar…
Até doer!
Mas não amanhã!
Quero facas para
me cortar,
Quero bombas para
rebentar,
Quero fogo para
pisar…
Até queimar!
Mas nunca amanhã!
Quero ver sangue
para me rir
Quero álcool para
engolir
Quero a morte…
Para a sentir!
Porque não
amanhã!
Quero para de
sentir,
Não por não saber
o que estou a sentir
Mas pelo facto de
não poder
Dar a sentir o
que realmente sou.
E quando tento…
Nada!
Ninguém para
sentir os meus sentimentos!
Vejo tudo escuro…
Porque não há
manhã!
Porque não há
manhã!
Não…. Vocês não
sabem o que que sinto!
E não me chamem
Louco! Isso não!
Mas se quiserem…
Podem chamar-me
demente.
Porque não existe
amanhã!
"Algumas visões sobre loucura defendem que o sujeito não está doente da mente, mas pode simplesmente ser uma maneira diferente de ser julgado pela sociedade."